A Jornada da Inteligência Artificial nas Organizações: Um Guia para Implementação Estratégica (Parte 2)

Olá seja bem-vindo!

Hoje, falaremos sobre a fase de descobertas de uso dessa tecnologia e sobre como estruturar isso minimamente.

Fase 2: Investigando as possibilidades

A fase de investigação é crucial para o sucesso do programa de implementação de IA em uma organização, onde as idéias, sonhos e desejos serão inicialmente registrados e discutidos. Aqui se começa a desenhar também qual solução de IA será utilizada de acordo com o problema a ser resolvido.

Em algum momento da sua vida profissional você já deve ter participado de algum brainstorming que não deu em nada, ou em que algum tempo depois o conteúdo foi perdido, certo? Isso acontece basicamente por dois motivos:

  • Baixo nível de comprometimento do Sponsor e do C-Level, ou seja, o resultado não conseguiu ser “interessante” para ser incluído no Plano Estratégico e por isso não terá a energia correta dedicada a ele, e pode inclusive ser abandonado aqui.
  • É gerado um numero tão grande de iniciativas que a organização não tem como lidar com tudo e no fim acaba se apegando apenas aos mais significativos ou melhor apadrinhados.

Precisamos endereçar esse problema antes de prosseguir.

A prática aqui é alinhar as expectativas estratégicas com as iniciativas para que elas se tornem atrativas ao C-Level da organização.

Isso pode ser feito a partir da análise de algumas variáveis para cada iniciativa, que são:

  • Aspectos Legais, Éticos  e Regulatórios, quase autoexplicativo, ou seja, se infringe a lei (LGPD por exemplo) ou a ética, descrita no código de conduta da organização. Ela não será aprovada para ser implementada, ou seja nem passa para a fase de avaliação técnica. Esse critério é eliminatório, as iniciativas barradas aqui não precisam aparecer na matriz final de decisão;
  • Viabilidade Técnica: Inclui-se aqui o tempo e o custo estimado para desenvolver a solução, assim como a estratégia de IT que deve suportar a solicitação;
  • Dados: Toda IA. depende de dados para funcionar, e aqui vale a regra SISO (Shit In / Shit out), a organização pode não ter todos os dados, então se mensura a qualidade do que se tem e o tempo para acertar isso;
  • Impacto nos negócios: Vamos pensar em pelo menos quatro subcategorias:

Com isso tabulado, será possível criar uma matriz de Impacto x Esforço, como mostra figura a seguir.

Serão submetidos ao Conselho e C-Level os projetos dos quadrantes A e D, visto há possível relevância. O quadrante C pode ser tratado como de iniciativas menores a serem feitas diretamente pelos usuários sem necessidade de um projeto complexo e o B por conta do alto esforço pode ser ignorado no momento.

Esses conceitos e a matriz trarão clareza a organização e aos stakeholders sobre como os projetos e orçamento deverão ser alocados, isso diminuirá o atrito sobre o assunto.

Em nosso próximo artigo continuaremos com a investigação das oportunidades espero que a informação até o momento tenha sido útil.

Caso deseje deixe nos comentários sua visão sobre o assunto, todas as opiniões são bem-vindas!

Abraços e até o próximo artigo.