No cenário atual, onde a transformação digital é uma realidade incontestável, a constante liberação de funcionalidades incrementais e inovadoras tornou-se crucial para a competitividade e eficiência das organizações. Um dos principais sistemas no centro dessa transformação são os ERPs (Enterprise Resource Planning), amplamente adotados por empresas de diversos setores.
Durante muitos anos, os ERPs eram instalados em infraestruturas próprias, e as atualizações de versão não eram obrigatórias. No entanto, com o advento da inovação liderada pelas bigtechs, esse cenário mudou radicalmente. As atualizações frequentes passaram a ser uma realidade, e os clientes foram pressionados a se adaptar.
Gestão de ERPs: A Base da Eficiência Operacional
AA gestão de ERPs vai além da simples administração de softwares ou suporte aos usuários. No passado, esses sistemas eram implementados por meio de projetos complexos e caros, prometendo alta produtividade e eliminação de erros operacionais. No entanto, quem já passou por uma implementação sabe que o sucesso depende de um mapeamento detalhado dos processos e ajustes nas atividades operacionais.
Uma vez superada a fase de implementação, iniciava-se o desafio do suporte aos usuários e da garantia de disponibilidade e performance do sistema. No entanto, muitas necessidades de negócio não eram atendidas pelas funcionalidades nativas, levando à customização do sistema. Essas customizações, embora necessárias, aumentaram a complexidade da gestão diária dos ERPs.
ERPs: Funcionalidades Nativas versus Customizações
Por anos, as empresas de ERP não impuseram barreiras às customizações, o que levou ao surgimento de consultorias especializadas nesse tipo de desenvolvimento. No entanto, com a migração para a nuvem e o modelo SaaS (Software as a Service), as bigtechs começaram a reduzir os períodos de garantia das versões, pressionando os clientes a realizarem atualizações frequentes.
Hoje, muitas bigtechs lançam até três versões por ano de seus ERPs, incentivando os clientes a não permanecerem em versões antigas. Esse cenário trouxe um novo desafio: como gerenciar o legado de customizações em um ambiente de atualizações tão acelerado?
O Equilíbrio entre Customizações e Atualizações
O sucesso nesse novo cenário depende do equilíbrio. Embora seja impossível ter um ERP sem customizações, o excesso pode comprometer a eficiência da área de TI, que acaba dedicando tempo apenas à correção de erros pós-atualização. Para evitar isso, é crucial:
1. Mapear as customizações e sua relação com os processos de negócio.
2. Classificar o nível de criticidade e impacto de cada customização.
3. Definir testes robustos em ambientes de homologação antes de aplicar as atualizações.
4. Avaliar funcionalidades nativas que possam substituir customizações existentes.
5. Participar de fóruns e grupos com fornecedores de ERP para influenciar o desenvolvimento de novas funcionalidades.
Conclusão: Transformando Desafios em Oportunidades
A gestão de ERPs no cenário atual exige uma abordagem estratégica e proativa. Ao equilibrar customizações e atualizações, as empresas podem reduzir custos de longo prazo, aumentar a eficiência operacional e impulsionar a inovação. Como líderes de TI, nosso papel é garantir que os ERPs continuem sendo ferramentas de transformação digital, e não fontes de dor de cabeça.
E você, como está lidando com as atualizações frequentes de ERPs na sua empresa? Compartilhe suas experiências nos comentários e vamos trocar ideias sobre como superar esses desafios juntos!